Adaptações...

Um das minhas maiores preocupações antes de casar era o fato de sair de casa e deixar minha mãe sozinha! Pra quem não leu ou não lembra, falei aqui sobre o assunto e o motivo de tanta preocupação.

Mesmo que a minha relação com ela seja um pouco dificil as vezes, nós sempre fomos muito confidentes e nas vezes que rolava aquela briguinha normal, sempre foi pelo bem da outra. Na verdade, nos últimos anos era eu que brigava com ela, pq a D. Angela tinha mania de se comportar feito criança. Isso me deixava muito preocupada. Chorava, vivia angustiada e durante todo o período pré-casório David sempre precisou me acalmar quando o assunto era sair de casa!

E é com grande alegria que digo a vocês que minha mãe tem me surpreendido a cada dia e me deixado muito aliviada. Não só a mim, mas também as pessoas que conhecem minha mãe e viram de perto minhas aflições. Todos percebem o quanto a D. Angela tem levado super bem o fato da filhota aqui ter casado.

No primeiro mês do casamento, ela me ligava todos os dias de manhã, mas precisamente às 10hs. Mesmo nos dias que não havia assunto, ela ligava. Nunca reclamei, nunca deixei de atender. Esse período de transição era muito importante, não só pra ela, mas pra mim também.

Com o passar das semanas, a quantidade de ligações foi diminuindo e percebi que minha mãe estava se adaptando bem. Algumas vezes ela me ligava chorando com saudades, outras ligava pra contar os micos que passou na rua e muitas vezes só pra dizer que ela estava bem.

Mas o ânimo e a disposição da minha mãe melhorou muito. Acredito que o fato dela precisar se virar sozinha em casa está contribuindo pra isso. Se ela não fizer, não há quem faça. E isso a fez acordar.

Minha véia continua dando trabalho, eu continuo brigando quando há necessidade, mas meu coração está muito mais tranquilo do que antes. Os problemas com remédios ela está superando, dia após dia. Sem pressa, sem cobranças, ela controla sozinha a quantidade de comprimidos toma e tem feito tudo certinho. Como sabemos? É perceptível quando ela toma remédios demais e mesmo que ela tente esconder, não dá.

Posso dizer que nesses 4 meses, não foi a minha vida que passou por transformações, mas a vida da minha mãe também. E isso me deixa muito feliz.