27 de setembro de 2019

RELATO DE PARTO - NASCIMENTO DO CAIO

Belly Mapping
Passaram 37, 38, 39, 40 Semanas…
A cada dia que se passava, a ansiedade aumentava. 
Entre a família, os amigos e até nas redes sociais, as pessoas cobravam a chegada do nosso bebê e eu já estava ficando agoniada com a espera. 
No dia 12/08, dois dias depois de ter feito minha despedida da barriga, com direito a massagens relaxantes, manobras para aliviar a tensão da lombar e uma linda Belly Mapping, percebi que estava perdendo aos poucos o tampão mucoso e esse foi o primeiro sinal que recebi de que estava chegando a hora. 


Nesses dias de ansiedade cheguei a sonhar com o parto, troquei mil mensagens com minha doula, li relatos e artigos, vi videos e documentários cheios de informações importantes para garantir minha segurança e tranquilidade sobre todo processo do parto. Foi assim que passei os dias que antecederam o nascimento do Caio. 
Fiz nossas malas, preparei uma playlist cheia de musicas que me conectavam a Deus, escrevi meu plano de parto e fui me preparando para o dia que Caio decidiria vir ao mundo. 
Continuei fazendo meu pré-natal, preparei o cantinho do nosso bebê e aproveitei cada momento que tinha livre antes de sua chegada. 

Chegamos nas 40 semanas e nada… Pelo protocolo do SUS, poderíamos esperar até que a gestação completasse 41 semanas e então o parto seria induzido. 
Pedi a Deus e ao Caio que eles me ajudassem e que não fosse preciso induzir o parto. Então, naquela semana, mais do que em qualquer outra, eu resolvi dar uma ajuda pra fazer esse menino nascer! 
De tudo que já havia lido, consegui colocar em prática algumas dicas para auxiliar no início do trabalho de parto. Tentei ficar mais ativa, andei mais, fiz caminhadas, subia e descia escadas, fazia agachamentos em casa, banhos quentes sempre que possível, namorei bastante… enfim, tudo o que estava ao meu alcance!    

No final de semana que eu completaria 41 semanas, foquei ainda mais nessas ajudas. 
Na sexta feira (23/08) fomos passear no shopping pra eu poder andar bastante. Aproveitamos pra curtir um passeio a dois! Jantamos no Outback e pedimos pratos bem picantes e sobremesas regadas a canela, também andamos muito pelo shopping. A noite, namoramos!  
No sábado (24/08), acordei perdendo mais tampão mucoso. Fiz tudo o que precisava em casa, estava literalmente preparando o ninho… De tarde, por volta das 14h  comecei a sentir cólicas fracas, porém diferente de qualquer cólica que eu ja tivesse sentido. 
Tomei um banho quente demorado, me conectei comigo mesma, fiz minhas últimas fotos grávida e descansei. Tentei não focar muito naquelas cólicas e continuar a vida normal. 
Contei pro David, deixei ele tranquilo, mas avisado de tudo que estava acontecendo.
A noite, fomos a uma festa que estava acontecendo na nossa igreja e as cólicas estavam cada vez mais fortes, talvez eu já pudesse chamá-las de contrações, pq ao mesmo tempo que a dor chegava, junto com ela minha barriga também endurecia. 
Tentei curtir a festa, me desligar da dor e aproveitar minha filha.  Por volta das 23h eu já a estava no meu limite, precisava ir pra casa ficar confortável e descansar. Sabia que alguma coisa diferente estava acontecendo e eu precisava estar preparada. 
Liguei pra Angelica, minha doula, avisei sobre as contrações e tudo mais que precisava ser informado. Vibramos juntas!! Ela sabia o quanto eu queria entrar em trabalho de parto sem precisar de indução.
Em casa, por volta de meia-noite, coloquei Luiza pra dormir e fiquei assistindo TV ate 1h da manha, nesse horário as contrações estavam um pouco mais incômodas , mas ainda era suportável. 
Contrações ainda em casa
Deitei, mas não consegui dormir. As contrações foram ficando mais intensas e ficar deitada me deixava muito desconfortável. Me levantei e fui pra sala, o relógio marcava 3h da manha. 
David ainda estava trabalhando e me fez companhia na sala enquanto as contrações iam e vinham, cada vez mais chatas. Tomei uma vitamina de morango e quando ja estava ficando sem posição no sofá, fui pro chuveiro. 
O banho quente durou uns 30min e foi um alívio. Relaxei e durante as contrações, conseguia curtir um pouco tudo aquilo. É óbvio que depois do banho, as contrações ficaram mais intensas. 
Ligamos para a Angelica as 5h da manha e ela ficou monitorando as contrações pelo WhatsApp, mas não demorou muito para que ela viesse ate minha casa, pois as contrações já estavam rolando de 5 em 5 minutos. 
Enquanto a doula se deslocava aqui pra casa,  meus sogros chegavam para buscar a Luiza. 

Relaxada com a presença da doula
Nesse ponto, próximo das 6h da manhã , eu já a estava sentindo contrações muito mais fortes e a posição mais confortável era aquela que a criança faz e a gente costuma dizer que tá chamando irmão, sabe? Bumbum pra cima! 
Angélica chegou, conversamos, ela me fez massagens e me tranquilizou. Ainda ficamos em casa até e as 8h da manha, quando ela percebeu que já a estava em trabalho de parto ativo. O caminho de casa até a maternidade foi doloroso, mas graças a Deus, fizemos todo o trajeto muito rápido. Até isso Deus preparou. Não sei como seria se entrasse em trabalho de parto num dia de semana, já que a maternidade ficava no centro da cidade. 

As 9h, chegamos na maternidade e entramos direto para o setor de triagem. As enfermeiras e médicas fizeram todos as checagens necessárias, realizaram o toque e constataram que eu estava com 6cm de dilatação. Fiz o cardiotoco e as 10h da manhã fui encaminhada a Sala de Parto. 
Quando entrei naquela suíte, toda preparada para um parto humanizado com bola suíça, cadeiras, banquetas, ducha de água agua quente … Chorei! 
Eu tinha superado o primeiro desafio. Consegui entrar na maternidade que eu desejava e estava em trabalho de parto ativo, ou seja, tudo o que eu tinha planejado, estava acontecendo! 

Ficamos nós três dentro da suite, Angélica, David e eu. Desde o início as enfermeiras obstétricas da maternidade vinham de forma muito respeitosa, se apresentavam, perguntavam se estava tudo bem e se nós precisávamos de alguma coisa… Um atendimento que me cativou desde o início. 
Assim que nos instalamos na suíte, eu fui direto pro chuveiro. 
Aproveito para abrir um parêntese, em tudo o que vou contar aqui, inclua fortes contrações com frequência de 5 em 5 minutos, ok? 
No chuveiro, as contrações se intensificaram ao mesmo tempo que se tornaram mais suportáveis. A água quente que caía na minha lombar dava uma sensação de conforto e isso foi ótimo para me relaxar. 
Por volta de 12h,  algumas enfermeiras vieram me examinar novamente e a dilatação não havia evoluído, porém o colo estava mais fino. Nessa hora bateu uma frustração por não ter dilatado nada, mas continuei sendo encorajada pela Angelica, pelo David e por todas as enfermeiras que estavam ali comigo. 
As horas foram passando e eu já estava exausta. Não havia dormido o suficiente e apesar do hospital ter me oferecido café da manhã e almoço, eu simplesmente não conseguia comer.
O cansaço era tanto, que entre as contrações eu apagava de sono, um sono quase pesado e  só despertava com a próxima contração. Meu corpo já estava fraco, meu psicológico e emocional em frangalhos, de verdade. Eu precisava de forças, mas não conseguia encontrá-la. 
Entre massagens, óleos, músicas e terapias, eu tentava encontrar o ânimo necessário para seguir aquele trabalho de parto. Era difícil, as dores intensas e os curtos intervalos entre as contrações acabavam comigo e com a minha lucidez. 
Eu vocalizava cada vez mais alto, estava fraca e pálida, precisava de força, estava perdendo o controle de mim.

A exaustão do trabalho de parto
As 14h, as enfermeiras voltaram a realizar o toque, estava com 7cm de dilatação. 
O desespero me tomou. Como assim? Só dilatei 1cm desde que cheguei ao hospital? Quanto tempo mais aquilo ia durar? 
Chorei, pedi pra parar, pedi ajuda, pedi que me levassem pra cesárea. 
“Eu tenho essa opção? Por favor, me levem, to sem força, to muito cansada, to fraca!” Eu repetia exaustivamente essas palavras! 
As enfermeiras, minha doula e David tentavam me manter lúcida e consciente de tudo que estava acontecendo, apesar do meu desespero. Era muita dor, era um cansaço fora do normal. Era quase enlouquecedor. 
Eles me encorajavam! Estava tudo bem, o trabalho de parto estava evoluindo como o esperado, Caio estava ótimo e eu também! Só precisava ter paciência e colaborar mais com o processo. 
O cansaço extremo me mantinha muito passiva e isso não estava ajudando meu corpo a evoluir.

David foi minha força
Quando as enfermeiras saíram e voltamos a ficar nos três na suíte, eu chorei!
E nessa hora, David se tornou uma raiz forte, que não me deixou quebrar. Ele foi a base, a força que eu precisava, ele foi o meu arrimo. 
Suas palavras me fizeram voltar ao meu lugar de força. Me fez lembrar do meu sonho, do desejo que eu tinha e de como eu lutei para estar ali. Me lembrou de tudo o que passamos para chegar naquele lugar e do quanto eu desejava viver aquilo que estava vivendo. 
Ele foi a minha força. Então combinamos que dali em diante, eu faria agachamento em todas as contrações, até não conseguir mais. 
Enquanto David me segurava e me apoiava até o chão respirando junto comigo, Angelica ministrava massagens na minha lombar e quadris aliviando o máximo da dor insuportável que eu estava sentindo. 
Ficamos neste processo por mais 2 horas, entre agachamentos e o uso da bola suíça. 

As 16h, eu estava ainda mais exausta, mas agora havia força em mim.
Acho que eu tinha quase a aparência de um animal. Meu olhar, minha postura, minha respiração exalava força e eu estava confiante. Aquele dia não passaria sem que eu conhecesse o meu filho.  
As enfermeiras voltaram e novamente checaram os sinais do Caio e também os meus sinais vitais e tudo estava ok, perfeito! Minha dilatação? O som mais incrível que já ouvi na vida: “Laiz, você esta com 9cm de dilação! Deu certo!! Parabéns!!”
Aquelas palavras foram a última gota de força que eu precisava. Me senti pronta. 
A enfermeira rompeu a bolsa para que o processo fosse mais rápido, devido todo meu cansaço.
Fomos para o chuveiro, a água a quente batia na minha lombar e as contrações ficavam ainda mais intensas. Logo após ter entrado no chuveiro, sentada na banqueta, senti aquela vontade de fazer força.  Algo incontrolável, um fenômeno do meu corpo, a força era feita sem que eu pudesse conter.

Pedi pra sair do chuveiro e ir pro quarto. 
Nesse momento havia aproximadamente 5 ou 6 enfermeiros na suíte com a gente. Todos ali, assistindo ao parto, me encorajando e me deixando ser protagonista daquele momento.
Sentei na banqueta, tendo David como apoio e a equipe toda a minha frente, vibrando comigo a cada puxo, a cada contração e força que eu fazia. 
Caio descia no seu tempo, a equipe me avisava: Ele esta vindo! Continue!



A cada contração, meu corpo pedia que eu fizesse força, não dava pra controlar. Depois de algumas forças, finalmente ele estava chegando, senti a ardência provocada pela saída da sua cabeça e fiquei ali, aguardando que me corpo fizesse a última força para tê-lo em meus braços. 
Até que ele veio! Veio quente para o meu colo e meu aconchego.
Chorou segundos depois e ficamos ali, eu, Caio e David, que neste momento chorava aliviado, emocionado…



Caio nasceu as 16h52min, após aproximadamente 30min de expulsivo. 
Meu menino havia chegado, eu e David estávamos em transe, era quase inacreditável aquilo. 
Nos tornamos um casal mais forte, mais conectados depois dessa experiência. 
Depois de algum tempo Caio e eu fomos avaliados dentro do mesmo ambiente e ficamos juntos desde então.
Ele veio pro meu seio, mamou e nunca mais saiu dali. 




Foi a experiencia mais alucinante que eu já experimentei. 
Foi dilacerante, desafiador, intenso e mudou minha maneira de enxergar a mim mesma. 
Eu precisava passar por isso, eu desejei tanto esse parto, sonhei com o momento de sentir meu filho nascer e de conseguir parir com a força e com a capacidade que Deus me deu quando me fez mulher. 
Eu consegui! Fui capaz de vencer medos, preconceitos, ansiedades e exaustão. Estava ali, vitoriosa dentro do desafio que eu decidi encarar. 

Que incrível foi aquele dia. 


Informações:
Caio nasceu com 3.945kg e 50cm, do dia 25 de Agosto de 2019 as 16h52min, através de um  VBAC* Humanizado no Hospital Maternidade Maria Amelia Buarque de Holanda.
Sem ocitocina, sem analgesia, sem episiotomia.
*VBAC - tradução: Parto Vaginal Apos Cesariana

25 de setembro de 2019

RELATO ANTES DO MEU PARTO

Demorei a decidir como faria esse relato, não tinha certeza se queria eternizar tudo o que vivemos ate chegar aquele dia através de videos ou texto… Mas acredito que escrever seja a forma mais clara que eu tenho para descrever e explicar o que foi parir! Ao mesmo tempo que me deixa racionar e trazer clareza as palavras, é através da escrita que consigo me conectar ainda mais aos sentimentos que vivi até chegar naquele 25 de Agosto. 

Outra decisão difícil de tomar foi definir a partir de qual parte deveria começar esse relato, visto que essa historia tem muitos capítulos… Acontece que o medo de me tornar chata, redundante ou desinteressante me faz querer partir logo pro dia e a hora que tudo aconteceu, mas eu não posso simplesmente apagar os detalhes de tudo que vivi ate que eu pudesse chegar no dia que realizei o desejo mais escondido que havia em mim… e não vou! Não vou apagar cada detalhe que me fez chegar no dia que me conheci da forma mais bruta que alguém pode se conhecer, sem vergonha, sem pudor. Era eu e na forma mais carnal, mais real e mais viva! Não posso deixar pra trás esses detalhes. Então, começo aqui, a contar meu relato de parto, a partir do dia que soube que estava gravida, gravida da Luiza! 

Primeira parte.
Em Setembro de  2013, descobri minha gravidez da Luiza e um dia após receber a noticia daquele exame positivo, recorri a ginecologista que me acompanhava desde os 12 anos. Marquei uma consulta e fui tirar todas as duvidas e dar inicio ao meu pré-natal. Lembro que uma das primeiras perguntas que fiz, foi se ela fazia parto normal e a resposta foi negativa logo de cara. 
Estava certa de que abriria mão de ser acompanhada por aquela medica que me atendia ha mais de 10 anos, para procurar algum profissional que fizesse o meu desejado parto normal. 

A próxima ginecologista que fui, me atendeu com atenção, disse que fazia partos normais porem colocou diversas condições para realiza-lo, uma dessas condições foi que eu entrasse em trabalho de parto.  Como eu era nova e saudável, acreditei que mesmo com tantas condições conseguiria ter o meu desejado parto normal com aquela médica. 
Quando completei 37 semanas semanas de gravidez, ja estava com 2cm de dilatação e então a medica me recomendou repouso absoluto e marcou o parto para a semana seguinte, exatamente 21/05/2014, quando eu já estaria com 38 semanas! 
Mesmo insatisfeita, eu não questionei, só pedi a Deus que a Luiza me desse sinais que estava pronta para nascer! Dois dias antes da cirurgia (19/05/2014) , minha bolsa rompeu, as 22h! Era a resposta que eu queria, entendi que Luiza estava pronta pra chegar e minhas esperanças para parto normal ainda estavam vivas! 
Assim que percebi que a bolsa havia rompido, liguei pra medica que me orientou ir IMEDIATAMENTE pra maternidade e assim eu fiz!
Cheguei na Perinatal de Laranjeiras super bem, sem dores, sem contrações… Fiz minha admissão na recepção e subi andando junto com a medica para realizar alguns exames.
Troquei minha roupa por aquela camisolinha da maternidade e fui andando ate uma sala, que acreditei ser apenas uma sala de exames, mas quando abriram a porta, me vi dentro do centro cirúrgico, com uma equipe pronta, vestida e somente aguardando a minha chegada.

Parto Cesárea da Luiza
Deitei na mesa e a medica verificou através do toque que eu permanecia com 2cm de dilatação. Ela veio ate mim e perguntou: “E ai? Vamos ver essa bebê agora ou esperar mais 12h de trabalho de parto?” 

Imagina a cena?! Uma equipe inteira pronta, eu deitada e pronta na mesa de cirurgia, David do lado de fora aguardando pra entrar e assistir o parto e eu ainda precisava decidir aquilo? Na hora a única resposta que me veio foi: Vamos ver a neném! 
E dessa forma não tive a oportunidade de entrar em trabalho de parto.
Como num passe de magica, a equipe começou a trabalhar. Tudo aconteceu muito rápido, tão rápido que em menos de 30min, Luiza havia nascido, exatamente no dia 20/05/2014 as 00:33hs. Repare que entre minha bolsa romper e a Luiza nascer, passaram aproximadamente 2h. TUDO MUITO RAPIDO!

Minha filha nasceu, eu não a vi. Ela foi levada pelo pediatra para os devidos exames ainda dentro do centro cirúrgico e voltou pra mim ja limpa e enrolada num pano verde. Não pude segura-la ou senti-la, apenas cheirei seu rosto, beijei suas enormes bochechas e então, levaram ela novamente para longe de mim. 
Luiza só voltou 6 horas depois, quando ja havia amanhecido. 

Eu achei que tudo isso era normal e que fazia parte do parto… Não busquei informações, negligenciei um desejo e me deixei ser levada pela facilidade de ter uma medica que me atendesse pelo plano de saude, eu simplesmente abri mão da vontade de ter minha filha de forma natural, por pura comodidade. Depois de um tempo eu tive a noção que havia feito uma cesárea totalmente desnecessária e que aquele parto tinha tudo pra ter sido normal, afinal,  minha filha me avisou que estava pronta, mas eu não estava munida das informações necessárias para traze-la ao mundo da forma respeitosa e acolhedora que ela merecia, que nos duas merecíamos. 


Segunda parte.
Um dia, próximo da Luiza completar 9 meses, acordei menstruada, o que não acontecia desde que ela havia nascido. Imaginei que meu ciclo havia voltado e levei isso naturalmente. 
Meu fluxo sempre foi fraco e tinha duração de três dias no máximo, mas dessa vez estava forte e eu ja estava chegando ao 6o dia de menstruação e não tinha nenhum sinal de que estava no final. 
Achei estranho, mas segui achando normal por ser meu primeiro ciclo pós-gravidez.
No 7o dia, acordei, deixei Luiza na creche e sai para resolver algumas questões na rua. Num determinado horário, comecei a sentir umas cólicas estranhas. 
Voltei pra casa, deitei pra dormir pois a dor havia piorado bastante, até que acordei com dores insuportáveis e o fluxo exageradamente forte. 
Estava sozinha em casa, não sabia o que estava acontecendo, mas tinha noção que aquilo já não era normal. 
Muito sangue, muita dor e eu chorava sozinha no banheiro, me perguntando o que estava acontecendo comigo. 
Uma amiga medica me ajudou através do WhatsApp e me alertou que aquilo poderia ser um aborto.  ABORTO? Aquela possibilidade era real, mas eu não queria acreditar.
Depois de sofrer sozinha por algumas horas, sem saber o que fazer… Minha madrinha chegou pra me levar ao hospital.
A dor era tão forte que ela precisou me carregar ate o carro, quando de repente tive a sensação de ter algo escorregando de mim e toda aquela dor dilacerante acabou estantaneamente. 
Partimos pra Perinatal e constatamos um aborto espontâneo. Abortei um filho que nem sabia que estava ali, que não tive tempo de tomar conhecimento de sua vida. Abortei e senti dores pra ver um filho partir sem nenhum sentimento. Apenas partiu. 
Depois de alguns dias, eu e David ainda estávamos digerindo aquele sentimento, aquele medo e tudo que tínhamos vivido com aquele aborto e aos poucos eu fui tendo a certeza de que precisava passar por aquilo de novo, pela dor, pela experiencia de sentir algo nascer de mim,  mas agora, para ter vida e não morte. 
Foi tudo o que desejei. 


Posts que fiz no Instagram quando sofri o aborto em 2015

Terceira parte.
Havia pouco tempo que eu estava desempregada e consequentemente sem plano de saude quando descobri a gravidez do Caio. Isso era motivo suficiente para eu enfrentar alguns medos e dilemas durante essa gestação.  
Durante os 9 meses fizemos exames e consultas particulares, porem o que mais me deixava preocupada era o valor do parto. Sabia que custear um parto particular seria um desafio muito grande, pois pesquisamos diversos hospitais e equipes para fazer o meu parto e os valores eram quase impossíveis, porem eu e David estávamos empenhados em pagar para ter a tranquilidade de um acompanhamento seguro. 
Meu maior medo nesse processo, era precisar recorrer ao serviço publico, pois o que ouvimos falar nos jornais e todas as historias que li e soube sobre os partos em hospitais públicos, era tudo o que eu não queria vivenciar. 
Diante desses medos que eu ja estava enfrentando, o meu desejo pelo parto normal foi ficando em segundo plano, pois independente de cesárea ou normal, a minha única preocupacão era ter um parto seguro e eu acreditava que só teria essa segurança dentro de um hospital particular. 
Os meses foram passando, a gravidez avançando e eu havia encontrado uma obstetra que respeitou meu desejo pelo parto normal e um hospital particular que “cabia no bolso”. Aparentemente, tudo estava em ordem, mas meu coração ainda não estava em paz. Haviam algumas questões que não me deixavam relaxar. Uma delas era que se houvesse alguma emergencia e fosse preciso usar a UTI do hospital particular,  o valor a ser pago se tornaria astronomicamente maior. E para arcar com este valor, nós não estávamos preparados. 
Minha gestação foi saudável, com riscos habituais e não havia nada com o que me preocupar, mas como eu poderia simplesmente descartar qualquer possibilidade, visto que partos são imprevisíveis?
Num determinado momento, devidos essas possibilidades, começamos a ponderar a ideia de partir para o serviço publico de saude. 

Nessa nova caminhada, amigas me indicaram procurar por uma doula, assistir videos, buscar informações e me munir de todas as armas para me assegurar sobre o parto humanizado. 
Conversei com minha obstetra do particular, falei sobre todas as questões que me deixavam insegura e surpreendentemente ela me encorajou a seguir para o SUS. Me deu muito apoio, me explicou sobre os riscos, mas me deixou muito segura! Aquilo foi uma arma potente pra mim, me senti forte pra tomar a decisão de tentar meu parto normal humanizado realizado no SUS. 
Em poucas semanas, tudo mudou! Quando tomamos essa decisão, eu ja estava com 37 semanas e Deus providenciou cada detalhe desse novo plano que havíamos traçado. Contratamos uma doula,  decidimos a maternidade e fomos conhece-la, nos organizamos e buscamos as informações necessárias para viver esse momento da forma mais natural possível e a partir dai meu único trabalho foi aguardar o momento em que nosso bebê estaria pronto para vir. 

E finalmente, aquele desejo, que estava ha anos adormecido, tinha grandes chances de se tornar real. 

Gravidez do Caio

29 de outubro de 2015

VIDEO NOVO :: Comprinhas pra Lulu na Feira do Bebê

Oi amigas, tudo bom?
Prometi no ultimo video que voltaria pra mostrar tudo o que comprei pra Lulu e aqui esta o resultado.

Espero que gostem das comprinhas! 

Ah!! No final do video, tem surpresinhaaaa


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VIDEO NOVO :: VLOG Mega Gestante & Bebê

Hello, queridaaas!

Tomei coragem e gravei meu primeiro VLOG!
Tá, não ficou assim uma coisa maravilhoooosa, mas gostei do primeiro resultado!

Aproveitei um dia de passeio com minhas primas e gravei um pouco pra vocês, bora ver?


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VIDEO NOVO :: Dica de Presente para bebês

Oi amigas!

No video de hoje falo de um presente muito especial que a Luiza ganhou quando ainda era bem bebezinha.
Um livro do bebê muito interessante que conta tudo o que aconteceu no dia em que a Lulu nasceu. 

Quer conhecer? Então vem!


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VIDEO NOVO :: TAG Vida de Casada

Todo mundo sabe que esse blog surgiu quando estava próxima de casar com o David e por aqui compartilhei muuuuitas alegrias, angustias, medos e conquistas do meu período como noiva. Foi maravilhoso!

Mas, vocês sabem que casamento não se resume somente a festa, né minha gente? 
E que é no dia-a-dia que o caldo engrossa, não é mesmo? rs

Por isso, resolvi gravar essa Tag, contando um pouco da minha experiência como mulher casada. 
E olhem só como o tempo passa... Em 2015 completo 5 anos de casada! Voou! 

Mas bora deixar de papo e vamos assistir esse video!


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6 de outubro de 2015

VÍDEO NOVO :: Dicas para ajudar a combater o resfriado do seu bebê!

Eita genteeee... Finalmente vou liberar aqui no blog o último vídeo que publiquei no YouTube. 

Nesse vídeo eu dei algumas dicas de como ajudar a combater aquele resfriadinho sem vergonha que vive batendo na nossa porta...rs
E vocês sabem que não existe  nada pior para nós mães, do que ver nossos filhotinhos doentinhos, não é mesmo?
Então, espero que esse vídeo ajude a vocês...


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